quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Dois anos volvidos

 A última publicação aqui foi em 2020...será que ainda sei como isto se faz?

Será que ainda está por aí alguém? Não foi isso que me incentivou nunca a escrever... sinto falta deste meu "cantinho de desabafos", sinto falta da terapeutica da escrita que consegue operar-me tanta coisa boa... Mas os dias vão passando e o dia-a-dia sempre em contra-relógio, atropela alguns dos planos. 

Ultimamente voltei a escrever...como nos primeiros tempos, num boco de notas. Porque é um exercício muito salutar para mim, porque gosto de registar (pelo menos parte d)o que passo. Passaram-se mil coisas desde a última vez que partilhei algo aqui...

Como é que vai este dia quente de setembro?

quarta-feira, 20 de junho de 2018

Mais um regresso e o Verão a chegar

Cá estou eu de volta passado quase um mês desde a última publicação. É o reflexo do que têm sido as minhas últimas semanas! Tive das semanas de trabalho mais exigentes de sempre, com muito mais coisas para fazer do que as necessárias horas disponíveis para as conseguir concretizar. Quase todos os dias sai (bem) depois da minha hora, na tentativa de responder ao que me era exigido... Finalmente acalmou e entretanto também marquei alguns dias de férias (embora poucos e intercalados) porque terei a visita da minha irmã e avó! 
Foi uma viagem marcada assim um pouco em cima da hora, já estava a ser pensada há algum tempo mas nada estava decidido até há duas semanas. Fico tão contente e mal posso esperar por as ter perto de mim por uns dias. Já não vejo a minha irmã há mais de seis meses!!! Infelizmente não consigo ausentar-me do trabalho os dias todos que elas estarão cá, uma vez que foi um pouco em cima da hora que a viagem se confirmou mas já estou em pulgas por uns dias de semi-férias na melhor companhia.


Como vai o planeamento das férias por esses lados? Já foram à praia? Por aqui ainda não tive oportunidade, afinal o calor está só agora em força a fazer-se mostrar. Já estou morta de vontade de ir ao mar!

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Maio, Fim-de-semana e (não) Férias

Maio tem sido moroso e trabalhoso e talvez por isso tem custado a passar... uns dias escapam-se mas no fim de contas o fim do mês parece que nunca mais chega. 
É um mês muito especial para nós porque fazemos anos que nos conhecemos e demos o nosso primeiro beijo. A nível profissional é uma época exigente para ambos e ultimamente, além disso têm surgido outras questões que nos ocupam os dias e o espírito.

E se os dias de semana parecem nunca mais terminar, o fim-de-semana escapa-nos sempre com uma lata do caraças que mal nos deixa sentir-lhe o gosto! Mas este fim-de-semana parece que foi mais longo. 

Passámos o sábado inteiro a ajudar alguém muito próximo a esvaziar a casa onde viveu décadas com o amor da sua vida e que a morte levou para longe de si. É de partir o coração. Ver as paredes despidas, as divisões esvaziadas quando sabemos que tanto amor ali morou, tantas recordações e memórias foram ali construídas. E o que custa sermos chamados à cruel realidade de que o dinheiro fala sempre mais alto e as pessoas conseguem ser desumanas quando se lhes põe em causa o lucro, o património fácil!
Esvaziámos uma casa e enchemos outra no mesmo dia, com vários quilómetros, estados de espírito, anos e expectativas de distância. Tantas vidas diferentes num espaço tão curto. Talvez tenha sido isso que fez parecer que aquele dia equivalia a tantos outros.

E depois de uma carga física e emocional daquelas, domingo imperativamente era dia em câmara lenta. Sem pressas nem obrigações. Lá nos pusemos em cima de duas rodas e fomos visitar A FEIRA DO LIVRO, como não podia deixar de ser. Voltar a casa, afazeres domésticos e terminar a noite com uma nova actividade: pinturas amadoras.


O marido está quase, quase a fazer anos e eu ainda não tenho bem decidido o que lhe vou preparar mas tenho várias ideias. Inicialmente ponderámos ir passar fora o fim-de-semana - que bem nos apetece!!!! - mas depois concordámos que este ano não deveríamos ir. Estamos em contenção de custos, a tentar poupar o máximo que nos seja possível e no ano passado fomos de fim-de-semana (e foi tão bom que só me dá vontade de ir outra vez!!!) por isso decidimos não sair neste para não gastarmos. 

Este ano provavelmente não conseguiremos - contra toda a nossa vontade e com muita pena nossa - ir à minha terra em Agosto (como sempre vamos há já 7 anos) porque as viagens estão, como de há algum tempo para cá estão sempre, muito caras e nós não achamos justo o preço absurdo que as companhias aéreas pedem e estamos em fase de poupança máxima. No ano passado gastámos uma pequena fortuna para lá irmos três vezes, este ano não pode ser.

E é este o estado das coisas por aqui. Sem perspectiva de férias porque não queremos gastar dinheiro e com o corpo a exigir-nos descanso porque estamos estourados dos últimos meses mas com um objectivo maior na mira - e para esses o esforço tem de ser máximo.

quinta-feira, 24 de maio de 2018

Desafios e Sonhos

É curioso aperceber-mo-nos que a nossa disponibilidade financeira tem muita influência na forma como encaramos as coisas - se formos pessoas minimamente responsáveis. Agora que temos ambos salário, já não nos privamos de tanta coisa como há dois anos atrás mas, ao mesmo tempo, tentamos sempre fazer um exercício de contrabalanço ponderando "se antes conseguíamos viver gastando X, por que é que agora não havemos de conseguir viver gasto Y"? Ou seja, não quer dizer que se gaste apenas o "X" que antes se gastava, porque isso é sempre difícil, afinal somos seres em constante evolução e desenvolvimento e só o facto de termos de trabalhar acarreta determinadas despesas que antes disso não tínhamos - assim de repente consigo lembrar-me das deslocações por exemplo. Mas também não temos, só porque já temos possibilidade de o fazer, de gastar "Z" (que equivaleria a todo o montante que temos disponível), podemos perfeitamente encontrar um meio-termo, um equilíbrio que vá ao encontro das nossas ambições, metas e objectivos. Daí ter referido que em vez de gastar X que era o mínimo dos mínimos indispensável à sobrevivência e gastar Z que seria tudo o que temos possibilidade de gastar (ex.: todo o nosso ordenado), podemos decidir gastar Y que seria um pouco mais do que o mínimo - porque precisaremos dada a evolução de vida e porque merecemos - mas menos do que o máximo - se houver essa possibilidade.


Eu sei bem - muito bem - o que custa poupar. Não temos pais que possam ajudar-me, nem padrinhos, nem nada. Não temos ordenados por aí além, temos de pagar nós todas as nossas despesas, não temos casa própria, não temos nada "grátis" e tudo custa dinheiro. A vida está cara mas com muito foco e dedicação, tudo é possível. Nós casámos (igreja, registo e festa), pagando nós o nosso casamento, dentro das nossas possibilidades, quando eu não tinha ordenado e só o homem trabalhava. E foi possível sabem como? Com adequação do que se deseja ao que se pode, com muita contenção, com redução máxima de despesas e com recurso às poupanças de anos. Casar, para nós não foi só um dia único, a celebração do nosso amor e uma festa bonita, casar, para nós foi um grande desafio, uma conquista conjunta, um processo e uma construção partilhados que no final valeram cada esforço. Foi uma aprendizagem e uma lição que acreditamos termos capacidade de aplicar para o resto da nossa vida. No nosso caso o casamento foi o maior desafio até agora, antes tinha sido irmos morar juntos (apesar de tudo) e se Deus quiser um dia será ter a nossa própria casa e aumentar a nossa família mas só cada um pode determinar o que pode servir de exercício ou treino para realizar um sonho, por mais que possa parecer impossível.

Para mim é muito importante lembrar-mo-nos de onde vimos, do que já passámos e do que conseguimos até agora. Olhar para trás pode ser uma grande escola quando o objectivo é nos motivarmos e respondermos à questão que não deixa de nos martelar a cabeça: "será que sou capaz?". Não é fácil, não é nada fácil e há dias/momentos em que só apetece desistir mas o esforço um dia vai compensar, só posso acreditar nisso. Para mim, essa é parte da magia do meu dia de casamento: perceber que toda a nossa luta, os nossos esforços e a nossa motivação tinham resultado em algo muito além do melhor que tínhamos sido capazes de imaginar. E tinha-mo-lo conseguido juntos. Não há maior riqueza que isso, partilhado com aqueles que nos são mais queridos.

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Remuneração justa




Ora aí está uma questão tão subjectiva e, arrisco-me a dizer até, pessoal!
Nunca sentiram que estão confortáveis com o vosso salário mas, quando têm conhecimento do de outra pessoa começam a não o achar assim tão justo?!
Não é que seja possível comparar tão linearmente assim as coisas. Cada qual na sua função, integrada ou não num determinado organismo, com o seu peso próprio e todos com o seu valor. Isso nem se põe em causa!
A verdade é que cada um é como é, tem as suas preferências, gastos e despesas. E à partida adequará o seu estilo de vida à sua capacidade financeira. Eu não sou excepção. Se hoje, que tenho um salário, atribuo um determinado peso ou importância a um valor, há um ano e meio atrás, quando somente o G. trabalhava, atribuía um completamente diferente. Essa mudança de "abordagem" eu sinto-a imenso! Lembro-me frequentemente de quando estávamos a organizar o nosso casamento e - não se trata de parecer exagerado ou não o preço - tudo parecia custar muito mais do que devia. Hoje sei que a minha perspectiva mudou porque se nessa altura eu achava 20€ demasiado caro para um par de sapatos, hoje já não sinto o mesmo. Ou melhor, se nessa altura, gastar 20€ só de uma vez me custava imenso, hoje já não é bem assim.

Nunca sentiram que - nunca colocando as pessoas ou a sua importância em causa! - aquela pessoa, para o que faz é muito mais bem paga do que outra? Nunca se compararam ao colega do lado ou ao amigo próximo. Eu sei que não é saudável levar as comparações à risca e nem é possível na maior parte dos casos mas acredito que as possibilidades de comparação que nos surgem também servem para nos fazer adequar as nossas expectativas quanto à nossa realidade. Isto é, se calhar até temos expectativas muito modestas, não somos ambiciosos e deixamo-nos acomodar com o que temos. Ou então, pelo contrário, temos as nossas expectativas tão altas que não se adequam minimamente ao que é justo, adequado ou possível...sem consciência do desfasamento.

quarta-feira, 16 de maio de 2018


Armados em Sandy & Júnior

Um primo nosso está prestes a fazer anos e, morando ele do outro lado do Atlântico, a nossa maneira de participar do seu dia especial, foi fazermos um vídeo para lhe enviarmos de surpresa. A filha pediu a colaboração de cada um dos primos para organizar uma brincadeira que o surpreendesse e cada um ficou de enviar um vídeo em que lhe desejasse os parabéns. 


Nós decidimos ousar e além do vídeo, inventámos uma canção!!! Mal escrevo isto só me dá vontade de rir da nossa figura. É que não estão bem a ver. Andámos a protelar a coisa porque não tínhamos nada definido além da ideia de gravarmos uma música mas só na véspera do prazo estipulado para entrega é que nos sentámos e debruçámos naquilo. Num par de horas decidimos a música, inventámos a letra que lhe dedicaríamos, ensaiámos (não se pode bem chamar àquilo um ensaio mas pronto) e gravámos. Está um tanto ou quanto ridículo mas foi o que conseguimos e a intenção é a melhor. Só espero que divirta quem vir aquilo!

Dois anos volvidos

 A última publicação aqui foi em 2020...será que ainda sei como isto se faz? Será que ainda está por aí alguém? Não foi isso que me incentiv...